A Arte-Via Cooperativa, sediada na Lousã, lança a 3ª edição do Festival Literário Internacional do Interior (FLII) – Palavras de Fogo, em homenagem às vítimas dos fogos florestais, sob a égide do lema “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo”.
Este festival tem como patrono Sua Exª o Senhor Presidente da República e devido à pandemia decorrerá de 8 a 11 de outubro.
Os parceiros associados são a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Delegação Regional da Cultura do Centro, a Universidade de Coimbra, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), a Fundação Cuidar O Futuro e a Casa-Museu Fernando Namora. Trata-se de um evento intermunicipal, daí o seu caráter inovador, que decorrerá em 7 concelhos da região afetados pelos fogos, com o objetivo de levar os livros e os escritores aos sítios mais inusitados e imprevisíveis, como fábricas, campos, praias, igrejas, mercados, romarias, locais onde as pessoas trabalham e convivem.
Ou seja, os livros vão ao encontro dos públicos porque também eles têm saudades.
Esta edição é dedicada a Maria de Lourdes Pintasilgo e ao nonagésimo aniversário do seu nascimento, bem como a Fernando Namora e ao centenário do seu nascimento.
Com o tema transversal “Cuidar o Futuro”, e porque este é um festival de causas, pretendemos abordar questões candentes para o devir do mundo, desde logo a emergência ambiental.
Este festival congrega autarquias/agentes culturais de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Miranda do Corvo, Lousã, Pedrógão Grande e Pampilhosa da Serra.
As bibliotecas municipais e as redes de bibliotecas escolares são cruciais na organização do FLII – Palavras de Fogo.
A decorrer entre 8 a 11 de outubro de 2020, em 7 concelhos dos distritos de Coimbra e Leiria, o FLII – Palavras de Fogo, um festival de causas, pretende envolver todos os agentes de desenvolvimento, de todos os municípios participantes e todos os talentos locais, em todas as atividades a realizar em simultâneo: ações de formação, concursos, palestras, workshops, leituras, feiras do livro, espetáculos, multimédia, performances, instalações, exposições, para e com todos os públicos de todas as faixas etárias. O conceito subjacente a este festival é o de uma realização sinérgica, catalisando os recursos dos municípios e outras instituições integrantes do consórcio, rentabilizando e potenciando o melhor que cada um possui, num esforço conjunto de superar as adversidades.
E, em nome da palavra regeneradora, onde houver pessoas haverá livros. Eles estarão nos sítios mais inesperados,
à mão de quem os quiser ler, os escritores portugueses e estrangeiros irão aos locais mais surpreendentes, os livros e as palavras
farão novamente renascer a cor por entre o negrume.
Nesta edição, será lançado o livro vencedor da 1ª edição do Prémio Literário FLII – Palavras de Fogo, patrocinado pela Direção Regional de Cultura do Centro.
Para este ano, o festival conta já com a parceria de vários congéneres internacionais: Fraktura (Croácia), FLIPoços (Brasil), Galway Literary Festival (Irlanda), Vilenica International Literary Festival (Eslovénia), Book Worm (China) Festival de Poesia de Chepén Chepén (Peru), Ake Festival (Nigeria), Flip (Brasil), Literature Festival (Jaipur), Literary Festival (Dubai), entre outros.
«Ouviremos o protesto donde quer que venha, e no coro das aspirações dissonantes e por vezes antagónicas prestaremos atenção
ao silêncio dos que na sociedade permanecem sem voz. A luta que travamos é contra o tempo – empurrá-lo, como diz o poeta,
ao encontro das cidades futuras, para que se desenhem caminhos novos para que se não percorram desnecessariamente as vias
do desencanto alheio. O lugar onde travamos a luta é aqui e longe. São os nossos problemas reais, concretos do povo que somos, mas são também os problemas do mundo de longe. Porque todo o problema é hoje universal e planetário (…) há que aceitar compartilhar o destino da Humanidade inteira.»
Maria de Lourdes Pintasilgo
“ O difícil é amar os outros sem lhes recear os ódios ou lhes exigir recompensas”
“ O passado é a âncora, o futuro o leme. Sem eles o presente não tem margens”
Fernando Namora
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A direção da Arte-Via Cooperativa