A Arte-Via Cooperativa, sediada na Lousã, lança a 8ª edição do Festival Literário
Internacional do Interior (FLII) – Palavras de Fogo, em homenagem às vítimas dos fogos
florestais, sob a égide do lema “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e
de um povo”.
Este festival tem como patrono Sua Exª o Senhor Presidente da República.
Os parceiros associados são a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
(DGLAB), a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) o Plano Nacional de Leitura (PNL),
o Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos da Universidade de Coimbra,
Universidade de Coimbra, Museu de Conímbriga, Estabelecimento Prisional de
Coimbra, Comissão Nacional para as Comemorações dos 500 anos de Camões.
Trata-se de um evento intermunicipal, daí o seu caráter inovador, que decorrerá em nove
concelhos da região afetados pelos fogos, com o objetivo de levar os livros e os escritores
aos sítios mais inusitados e imprevisíveis, como fábricas, campos, praias, igrejas,
mercados, romarias, locais onde as pessoas trabalham e convivem.
Ou seja, os livros vão ao encontro dos públicos porque também eles têm saudades.
Esta edição, celebra os 50 anos do 25 de abril e da descolonização, os 500 anos de
Luís Vaz de Camões e será um tributo à literatura africana de expressão
portuguesa. Abordaremos ainda questões candentes para o devir do mundo, desde
logo a emergência ambiental, no âmbito do projeto europeu Erasmus Echologic,
coordenado pela Fundación Espacio Publico de Espanha, os jovens diante do
desafio de liderar a sustentabilidade e o combate às mudanças climáticas. O tema
desta edição será “África escrita em português”.
Este festival congrega autarquias / instituições dos concelhos de Arganil, Coimbra,
Condeixa-a-Nova, Góis, Lousã e Pedrógão Grande.
As bibliotecas municipais e as redes de bibliotecas escolares são cruciais na organização
do FLII – Palavras de Fogo.
A decorrer de 14 a 17 de junho de 2025, em seis concelhos dos distritos de Coimbra, o
FLII – Palavras de Fogo, pretende envolver todos os agentes de desenvolvimento, de
todos os municípios participantes e todos os talentos locais, em todas as atividades a
realizar em simultâneo: ações de formação, concursos, palestras, workshops, leituras,
feiras do livro, espetáculos, multimédia, performances, instalações, exposições, para e
com todos os públicos de todas as faixas etárias.
O conceito subjacente a este festival é o de uma realização sinérgica, catalisando os
recursos dos municípios e outras instituições integrantes do consórcio, rentabilizando e
potenciando o melhor que cada um possui, num esforço conjunto de superar as
adversidades. E, em nome da palavra regeneradora, onde houver pessoas haverá livros.
Eles estarão nos sítios mais inesperadas, à mão de quem os quiser ler, os escritores
portugueses e estrangeiros irão aos locais mais surpreendentes, os livros e as palavras
farão novamente renascer a cor por entre o negrume.
Durante o mês de junho haverá novamente a residência literária, com a escritora e
performer Olinda Beja. Tal como na edição anterior, comemorámos os 500 anos de Luís
de Camões na ilha de Moçambique, nos dias 8,9, e 10 de junho, este ano será em
Marrocos, dias 3 e 4 de junho.
A fundadora e coordenadora do FLII – Palavras de Fogo
Ana Filomena Amaral /Escritora
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